Em mercados mais desenvolvidos como o dos Estados Unidos, ou em países da Europa ocidental, a “febre” das start-ups na saúde já é um fenômeno existente há alguns anos. No Brasil, começa-se a ver a consolidação da mesma tendência. Mas qual é o real propósito de uma start-up na saúde?
A agilidade para reagir às necessidades do setor e a possibilidade de ter na inovação a principal força motivacional são características marcantes de uma start-up. No caso da saúde em particular, a gestão de processos institucionais, a comunicação entre profissionais e a relação médico-paciente estão entre as prioridades dessas empresas embrionárias.
E empresas embrionárias são, normalmente, compostas de jovens empreendedores, cujo raciocínio já é “nativamente digital”. Por serem os agentes dessa transição, as dificuldades na implementação de suas idéias é um exercício que trilha um caminho sinuoso. O que observamos cada vez mais é o interesse de instituições tradicionais já estabelecidas no que as start-ups desenvolvem. Seja por interesse genuíno ou meramente financeiro, a troca de experiências entre os dois tipos de players no ramo traz benefícios à sociedade.
Conforme a Syte, instituto de pesquisa para o desenvolvimento de novas frentes de tecnologia na medicina. Há uma forte expansão no escopo dos nichos que despertam interesse para o investimento nas start-ups em saúde. Em 2015 os investimentos de risco em saúde digital atingiram US$ 4,5 bilhões e cerca de 265 eHealth start-ups levantaram mais de US$ 2 milhões cada nos EUA.
Veja quais são as top 6 áreas que atrairam investimentos no setor em 2015, também conforme a Syte:
- Engajamento do consumidor – US$ 629 mil
- Wearables e biosensores – US$ 499 mil
- Saúde personalizada – US$ 400 mil
- Ferramentas para as fontes pagadoras – US$ 263 mil
- Troca de informações – US$ 236 mil
- Cuidado coordenado – US$ 208 mil
Além dos investimentos, também há diversos desafios do setor no que diz respeito ao Brasil em particular, conforme:
- Dificuldade na obtenção de profissionais qualificados em TI para a saúde;
- Baixa interoperabilidade entre os sistemas já existentes;
- Ambiguidade na regulamentação do universo digital crescente;
- Infraestrutura ruim para acesso à internet no Brasil;
- Treinamentos de conscientização para vencer as resistências de médicos e pacientes
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